Entendimento

“Eu não saberia entender o amor nem se ele estivesse bem debaixo do meu nariz.

Se por vezes o sinto pleno, em outras sofro e juro nunca me recuperar.

Com o tempo fica mais fácil. Maleável. A gente tece cada parte como quem borda crochê.

Ergue aos céus, exalta. Sorri e sente. Então passa, some, e buscamos incansavelmente de novo. Um jogo repetitivo, cansativo.

Até o dia que não mais. E aceitamos, de bom grado, o pesar”.

Por Letícia Cotta

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