I’m done

Para se ler ao som de “Hey, hi, how are you?“, de Kenya Grace

“Se de nada adianta, por que insisto?

Já pedi mil perdões, já arrasei mundos

Sei que somos iguais. Sei que sentimos o mesmo.

De nada adianta você esconder. Nem negar.

Já estive nesse lugar.

Mas de agora em diante, chega. I’m done.

Não vou mendigar seu afeto. Não vou rastejar aos seus pés. Não vou aplaudir sua amizade.

Se você me quer, que seja verdadeiro. Que seja natural. Nem que tenha que recomeçar do zero.

Mas, agora, estou farta.

Farta de ser esquecida. Farta de não ser tocada.

Farta de não ser lembrada ou sequer amada, afagada.

Se de nada adianta, por que insisto?

Já pedi mil perdões, já demonstei de todas formas possíveis.

Sei que somos iguais. Sei que sentimos o mesmo.

De nada adianta você esconder. Nem negar. Eu vi, e senti.

Já estive nesse lugar. Mas, agora, chega de insistir.

Revogo todo o afeto. Revogo toda minha amizade, minhas permissões concedidas. Meu carinho, minhas regras.

Te revogo do meu corpo, da minha vida, dos meus sonhos, do meu pensamento. Da minha energia.

Meu afeto é só meu. E assim continuará sendo, até que os dias se transformem em noites.

Meu afeto é só meu. E assim continuará, até que meus sonhos retornem.

Até que me trate direito. De igual para igual, com carinho, com ternura. Companhia, e desejo.

Até lá, te revogo tudo de mim, da minha energia, do meu ser.

Meu afeto não mais te alimenta – e todos presentes que pensei em te dar, comigo se calam”.

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